segunda-feira, 28 de março de 2011

O INFERNO DAS FLORES

"um poema em letras miúdas
do tamanho de um deus possível,
arde em meus dedos, estilhaça
a palidez forjada das digitais
impressões de meu ser confuso

nas manhãs de chuva, há calor
entre as paredes ocas de meu coração
sinto, e isso já me basta
pra acreditar que a vida e o poema
são pedaços da mesma carne
partes do mesmo círculo vicioso,
enquanto verto dos olhos aquelas gotas...

as letras miúdas dos amores ilícitos
tudo o que nos toca e nos trai
me atingem de tal forma involuntária
que suspeito de mim mesmo ao sentir,
porque não quero o reflexo
de um mundo de pessoas que passam
e não se olham o suficiente,
porque no fundo estou cansado
e não há uma janela sequer em mim
por onde escorram silêncios e despedidas"



Poema de um amigo de longe... e que o mesmo me mostrou, e não resisti em postá-lo por aqui... (espero que gostem) Com todos os créditos há: Iuri Rodrigues Ferreira (=D)

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